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Mostrando postagens de outubro, 2014

O ódio fantasiado de Amor

Disse Jesus: “Vocês são como sepulcros caiados: por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e podridão! Assim também vocês: por fora, parecem justos diante dos outros, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça.  (Mt 23,27-28) Quando eu era seminarista e estava no penúltimo ano de seminário, eu dava um curso de Bíblia numa paróquia em Campinas. Naquele dia eu tinha trabalhado o Evangelho de São João. Falávamos sobre o mandamento novo : “O meu mandamento é este: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. Sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando. (Jo 15,12-14)             Falei bonito, toquei os corações, despertei neles o interesse pela Palavra. Traduzi a necessidade de amarmos os mais pobres de verdade e não em teoria. Fui aplaudido quando, ao responder uma pergunta, disse que “no coração do discípulo de Jesus, não há espaço para o ódio!” Fui embora todo feliz com a aula on

Professores...

Disse Jesus aos seus discípulos: "Vocês dizem que eu sou o Mestre e o Senhor. E vocês têm razão; eu sou mesmo." (Jo 13,13) Quando eu era pequeno queria ser cientista. Eu gostava muito das aulas de ciências, pois eram divertidas. Como eu amava a experiências de química e física. Nossa professora, a Tia Lúcia, sabia nos cativar. No fundo eu queria ser professor de ciências.  Depois, comecei a gostar da Língua Portuguesa. Parei de falar “menas”, aprendi a conjugar verbos e realizar concordâncias. Aprendi a gosta de ler.  Mais tarde foi a matemática, depois a sociologia, a filosofia, a Teologia, e nesta, a Bíblia!!! Como é gostoso ler a Bíblia. Virei professor de Bíblia. Graça a Deus e aos professores que passaram na minha vida.  Hoje eu recordo de todos os meus professores, de meus pais e de meus padres. Todos me ensinaram de uma forma ou outra. E penso no futuro de meu país, de nosso Brasil. Há muito nossos professores foram abandonados pelo poder públi

Padre de Batina ou sem Batina?

Um fariseu convidou Jesus para jantar em casa. Jesus entrou, e se pôs à mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tinha lavado as mãos antes da refeição. (Lc 11,37-38) Há alguns meses fui celebrar a Missa numa comunidade em nossa arquidiocese. Cheguei na comunidade com minha mochila. Nela trazia as vestes litúrgicas, a liturgia diária e meu tablet. Eu trajava minha tradicional calça de tactel, camisa polo da campanha da fraternidade, minha cruz peitoral simples (eu não sou bispo!) e sandálias aos pés (coisa de franciscano). Sentei-me num banco, atrás de dois rapazes. Eles conversavam sobre coisas da Igreja. Falavam num tom no qual era impossível não ouvir. Falavam sobre as missas da novena da padroeira da comunidade. Falavam dos padres que presidiram os primeiros dias da novena. Eu celebraria o oitavo dia. Os rapazes não perceberam a minha presença. Falavam agora do jeito de cada padre: como se vestiam, como se portavam, como rezavam, etc. Aqui estou