Disse o Senhor: Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos. (Ex 3,7) Nesses dias eu lembrei de um professor, quando estudei no IPJ (Instituto de Pastoral da Juventude) em Porto Alegre, no curso de Especialização em Juventude. Era o Pe. Hilário Dick, um Jesuíta apaixonado pela juventude, que dedicou a maior parte de sua vida ao apostolado juvenil. Homem sábio e provocador. Gosta de um bom mate e um bom churrasco. Aprendi muitas coisas com esse Padre. Ele nos dizia que precisávamos escutar os gritos da juventude, pois Deus escutou os gritos dos hebreus no Egito. Pe. Hilário dizia que a juventude apresenta dois tipos de gritos: um explícito e outro implícito. Os gritos evidentes são os explícitos. Mas o Padre insistia que o bom assessor de jovens era aquele que escutava os gritos implícitos. Saber ler os gritos nas entrelinhas é fundamental ao se trabalhar com a juventude. O exemplo dado