Então o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, sentiu fome. Então, o tentador se aproximou e disse a Jesus: “Se tu és Filho de Deus, manda que essas pedras se tornem pães!” Mas Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.’” (Mt 4,1-4)
Jesus é o grande modelo da humanidade. Ele é a “Palavra que se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1,14) Ele é a referência de todos os santos e santas. Na Igreja, tudo gira em torno de Jesus, e Ele leva tudo ao Pai. O Espírito Santo mantém em nós a presença de Jesus.
Como Mestre, Jesus nos ensina com exemplos e palavras. Sua própria vida é seu maior ensinamento. Jesus, no início de seu ministério, foi para o deserto sentir fome. Estava inaugurada a Quaresma.
Jesus jejuou quarentas dias e noites, e só depois sentiu fome. O Mestre nos ensina que o jejum não dá a fome verdadeira. A fome verdadeira só vem depois do jejum: a fome da Palavra de Deus.
Muitas pessoas jejuam na quaresma e em outros tempos. Sentem fome. Mas, como Jesus, precisamos sentir fome da Palavra que sai da boca de Deus. É a mesma Palavra que se fez carne. É a Palavra que habitou entre nós. Palavra pode habitar nosso coração.
Quaresma é um tempo forte de viver a fome pela Palavra de Jesus. É experiência de deserto, sem confortos, sem requintes, sem flores, sem pompas. Nos despojamos de tudo para seguir os passos do Mestre de Nazaré. Ficamos leves, pois caminhamos sem amarras, bagagens. Nos livramos do peso do nosso ego para sermos livres. É para a Liberdade que Cristo nos libertou.
O verdadeiro jejum apresentado por Jesus é a fome que está no coração da humanidade. Essa fome não é do estômago. Temos essa fome em nossas almas. Essa fome só é saciada pela Palavra. Palavra que é Jesus.
Oração: Senhor Jesus Cristo, Mestre de mim, saciai a fome da Palavra que está em minha alma. Que meu coração possa encontrar em vós a fonte que jorra para a vida eterna. Assim seja.
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